Maria de Pentecostes






Pentecostes recorda, celebra e leva a acolher sempre de novo e mais intensamente o Espírito Santo, com seus sete dons infusos, com seus nove frutos e com seus inúmeros carismas. Maria de Pentecostes, numa forma mais abrangente pode ser chamada de “Maria do Espírito Santo”. Nenhuma pessoa humana teve maior aproximação, mais intensa comunhão e mais constante “interação” com o Espírito de Amor, do que Maria, a mãe de Jesus.
Foi pelo poder do Espírito Santo que o Pai – em previsão dos méritos de Jesus, – a preservou do pecado original e de todas as suas terríveis conseqüências espirituais, psicológicas, emocionais e físicas. Maria é, pois, a “Imaculada Conceição” pela ação do Espírito Santo. Aliás, preservando-a imaculada, Ele a preparava para depois fecundá-la milagrosamente, e torná-la “Mãe de Jesus e Mãe de Deus”.
Ao mesmo tempo e no mesmo momento, o Espírito Santo a fez “Cheia de Graça”. Quero dizer: a plenificou, a “batizou”, a mergulhou e encharcou de toda graça e beleza divinas, em seu espírito, psíquico e físico, em função da maternidade que Ela assumiria.
Quando foi anunciada por Gabriel que havia sido eleita e preparada para ser a mãe do Messias, o Salvador, com toda certeza o Espírito Santo, que nela habitava de forma extraordinariamente viva e atuante, concedeu-lhe a compreensão e a dimensão do que estava acontecendo: a vinda do Salvador da humanidade. Cheia de graça, Maria dá o seu consentimento: “Eis a servidora do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.(Lc 1,38)
Ao “Sim” pronunciado, o Espírito Santo operou um dos mais maravilhosos e importantes milagres da história da humanidade: engravidou milagrosa e maravilhosamente a “Virgem Imaculada e Cheia de Graça”. Maria não experimentou a ação do Espírito Santo, apenas espiritual, psicológica e emocionalmente, mas também fisicamente, e de forma inegável e prolongada: algumas semanas após o seu “Sim”, ela começou a perceber a presença do seu filhinho em seu ventre virginal. Filhinho concebido por ação do Espírito Santo. Aliás, eis por que ela é chamada com propriedade de “Esposa mística do Espírito Santo”.
Ao longo de sua vida de esposa de José e de mãe de Jesus, até a Ascensão do Filho aos Céus, por ser imaculada e cheia de graça, com toda certeza recebia uma assistência permanente e poderosa do Espírito Santo para poder compreender os fatos que ocorriam, e para agir com propriedade.
Na visita caridosa a Isabel, porque ela era plena do Espírito de Deus, presenciou a ação pentecostal do Espírito Santo, tanto em Isabel que “ficou cheia do Espírito Santo e Profetizou” sobre os acontecimentos que se realizavam em Maria (Lc 1,41b), como também em Zacarias, que igualmente “ficou cheio do Espírito Santo” e também profetizou (Lc 1,67).
Em Pentecostes, lá estava a “cheia do Espírito Santo”, intercedendo para que se “cumprisse a promessa do Pai”, segundo a qual os Apóstolos seriam batizados no Espírito Santo” (At 1, 5) O Pentecostes aconteceu. Nasceu a Igreja, cuja mãe já havia sido escolhida por Jesus crucificado, quando determinou: “Mulher, eis o teu filho... Filho eis a tua mãe” (Jo 19, 26-27).
Chegado o fim de sua vida terrena, para passar desta vida para a glória eterna, Maria teve seu corpo “ressuscitado e glorificado”, como o de Jesus na ressurreição, pela ação do Espírito Santo, por vontade do Pai e pelos méritos de Jesus.
Maria de Pentecostes, Maria do Espírito Santo, ensinai-nos a acolher o vosso místico esposo, o Espírito de Amor, a fim de que nos santifique. Assim seja! Amém!

Pe .Alirio Jose Pedrine

Nenhum comentário:

Postar um comentário