Consagração à Jesus, pelas mãos de Nossa Senhora, conforme método de:
S. Luís Maria G. de Montfort
Ele nasceu no dia 31 de Janeiro de 1673 em Montfort, França. Foi ordenado sacerdote no dia 5 de junho de 1700, no seminário de São Sulpício em Paris. Seus primeiros anos de sacerdócio foram dedicados principalmente ao trabalho com os pobres no hospital de Poitiers, onde conheceu a Maria Luísa Trichet a quem guiou em sua vocação. Do papa Clemente XI obteve o título de Missionário Apostólico e percorreu a França anunciando aos pobres o mistério da Sabedoria e o amor de Cristo Encarnado e Crucificado. Estabeleceu em todas as partes a prática do santo Rosário e da Santa Escravidão de Amor, ou perfeita Consagração a Cristo pelas mãos de Maria, como meio eficaz para viver fielmente a aliança do Batismo. Nele, nos espelhamos para viver e propagar a Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem Maria e na dedicação ao pobre, para que Jesus reine.
Aos 43 anos de idade, no dia 28 de abril de 1716, em plena missão popular na pequena cidade de São Lourenço, Luís Maria é chamado por Deus à glória no céu. Sua atividade foi essencialmente missionária e assim foi todo o estilo de sua vida. Viveu numa pobreza total para evangelizar os pobres. Dia 12 de Março de 1853, o papa Pio IX declarou seus escritos isentos de qualquer erro. Entre estes é universalmente conhecido o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. O papa Leão XIII declarou-o beato no dia 22 de Janeiro de 1888. Pio XII canonizou-o solenemente no dia 20 de julho de 1947. Dia 20 de julho de 1996 o papa João Paulo II inseriu sua festa no calendário romano universal.O que é uma Consagração e a quê nos conduz? A consagração é uma promessa de amor que se faz a Jesus, através da qual se Lhe oferece tudo o que se é, o que se tem e se faz; tudo através do Coração Imaculado da Virgem Maria, para que, por graça destes Dois Corações, cada um de nós viva plenamente entregue à vontade do Pai. A meta de toda consagração é Jesus; neste caso, a Virgem Maria é o meio eficaz para alcançar maior união com Cristo e é uma fonte de proteção maternal contra Satanás. Está claro que não podemos separar Jesus de Maria, assim o enfatiza João Paulo II: “Nossa relação interior com a Mãe de Deus dimana organicamente de nosso vínculo ao mistério de Cristo…” (Cf. Testemunho de João Paulo II com relação à Preparação para a Consagração Total, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort) Este é o caminho que buscam aqueles que fazemos a consagração que aqui propomos: aproximarmo-nos de Jesus através do amor da Mãe Santíssima e consagrarmo-nos inteiramente a Ele. Sabemos conscientemente então, que isto significa viver fora do pecado, obedecendo aos mandamentos que Jesus nos deixou, ratificando nossa fé e “construindo Igreja” ao procurarmos ser cada dia mais santos.

O Ato de consagração total a Maria
É um ato de devoção que contém todos os demais. Tal qual o expõe S. Grignion de Montfort, consiste em se dar inteiramente a Jesus por Maria, e compreende dois elementos: um ato de consagração, que se renova de tempos a tempos, e um estado habitual que nos faz viver e operar sob a dependência de Maria. O ato de consagração, diz S. Grignion, «consiste em se dar todo inteiramente, em qualidade de escravo, a Maria e a Jesus por Ela». Ninguém se escandalize com o termo escravo, ao qual se deve tirar todo o sentido pejorativo, isto é, toda a idéia de coação: este ato, longe de implicar violência, é a expressão do amor mais puro. Não se conserve pois, senão o elemento positivo, tal qual o explica o Bem-aventurado: Um simples servo ou criado recebe soldo, fica livre de deixar o patrão e não dá mais que o seu trabalho; não dá a sua pessoa, os seus direitos pessoais, os seus bens; um escravo consente livremente em trabalhar sem soldo; confiando no senhor, que lhe assegura sustento e abrigo, dá-se para sempre, com todos os seus recursos, a sua pessoa e os seus direitos, para viver em completa dependência dele. (Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 170)
Apresentação da Consagração Total Quantas vezes em sua vida você se propôs “firmemente” a realizar uma mudança de vida radical e definitiva?… Quantos Natais e Anos Novos, quantas Quaresmas e Pentecostes passaram sem que você conseguisse fazer isso? Ânimo! Isso acontece a todos nós… E embora digam que “o mal de muitos é consolo de tolos”, de alguma forma nos tranqüiliza saber que o que nos acontece é bastante “normal” e freqüente. Quantas vezes não fazemos o bem que queremos, mas o mal que detestamos!, como dizia o próprio São Paulo… (Cf. Rom 7, 14ss). É que isso acontece a todos nós (ou a quase todos), por nossa natureza decaída; porque, como diz São Paulo, por ser homens de carne, estamos “vendidos ao pecado”… Mas quando prevalece em nós a pureza de intenção, e colocamos nossa esperança no Senhor, Ele mesmo vai colocando ao nosso alcance valiosos instrumentos para obtermos Sua Graça; em primeiro lugar, é claro, através dos Sacramentos. Precisamente nesta oportunidade, queremos compartilhar consigo um escrito valiosíssimo, ao qual já fizemos referência no Nº 6 de Jesucristo Vivo (obs.: publicação do ANE no México); um documento reconhecido pela Igreja Católica e recomendado pelo Santo Padre para o crescimento espiritual de quem certamente deseja avançar no caminho da fé e da santidade.
Como dissemos naquela edição de nossa revista, o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria é um livro que provocou uma mudança decisiva na vida de João Paulo II, e de muitas almas ao longo da história. Naturalmente, também pode servir para você… Na introdução dessa mesma obra lemos o seguinte: “Este é um livo precioso: escrito por um santo, meditado pelos santos, e que tem a bela missão de formar os santos de Deus. Agora está em tuas mãos, para que também possas ser santo…” Este documento fundamental, de São Luís Maria Grignion de Montfort, ajuda-o a renovar, através de uma intensa preparação, a entrega a Deus que deveria ser nosso destino principal, a partir do batismo. Com efeito, se ao sermos batizados renunciamos ao pecado, assumimos um compromisso com Cristo e entramos nEle e em Sua Igreja, pelo desejo amoroso de nossos pais e padrinhos; ao fazer volunt[aria e conscientemente esta consagração agora, já como adultos, renunciaremos consciente e definitivamente ao pecado, renovando voluntariamente as promessas do batismo, e assim nos entregaremos plenamente a Deus em Jesus Cristo, por meio de Maria. A consagração é uma experiência espriitual que tem toda a força para elevá-lo a uma visão diferente das coisas. Se você se animar a fazê-la, é possível que inicialmente não compreenda, ou não aprecie em toda sua grandeza a quê o conduzirá esta prática, mas estamos certos de que o Senhor, com o passar do tempo, irá fazendo Sua parte, e seu coração se unirá de um modo definitivo ao Seu Sacratíssimo Coração, através do Coração Imaculado de Maria. Isto é tão certo, que o próprio São Luís Maria Grignion de Montfort escreve neste tratado ao qual nos referimos: “Infinitamente mais do que aqui te digo, mostrat-te-á a experiência; e tantas riquezas e graças encontrarás na prática, se fores fiel no pouco que aqui te digo, que ficarás surpreendido e com a alma cheia de júbilo” (SM 52 “Preparação para a Consagração Total”) Consagramo-nos através de Maria porque ninguém, nenhuma alma de homem mortal, submeteu seu coração à Vontade de Deus de maneira mais pura e completa do que a Santíssima Virgem… Por isso é a Mãe da Igreja, e foi por isso que Jesus, na hora de sua morte, a entregou a João, e a todos nós através dele, como o guia mais sublime para chegar ao Céu. Sem dúvida, a consagração não é uma “receita mágica” para obter a salvação, pois tal receita não existe, e mentiríamos se a apresentássemos agora, mas você pode estar certo de uma coisa: se você se consagrar e for fiel a suas promessas, com a graça de Deus você aprofundará sua conversão para Cristo, para poder chegar um dia ao Céu. Esperamos em Deus que assim seja, e o ajudaremos com nossas orações para que o consiga.
Clique aqui para ver como fazer a consagração de S. Luís G. de Montfort (1181)
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Fonte: www.rainhadosapostolos.com
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