Esta entrevista do Padre Pio expressa a tamanha grandeza do que ele viveu nessas missas que se tornaram famosas em todo o mundo. Que nossos fiéis e leitores amigos possam tirar dessas palavras um caminho para melhor assistir a sua missa.
Após tomar conhecimento desta impressionante entrevista teológica sobre o santo Sacrifício da Missa podemos nos perguntar:
Que distância entre esta descrição de um verdadeiro Sacrifício realizado sobre altar, e os shows de Missas (comparadas com ceias) que se introduziram após o Vaticano II?

A
entrevista ao Padre PIO.
Sim,
porque Ela regenera o mundo.
Que
glória dá a Deus a Missa?
Uma
glória infinita.
Que
devemos fazer durante a Missa?
Compadecer-nos
e amar.
Padre,
como devemos assistir à Santa Missa?
Como
assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu
S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício
cruento da Cruz.
Padre,
que benefícios recebemos ao assistir à Santa Missa?
Não
se podem contar. Vê-lo-ás no céu. Quando assistires à Santa
Missa, renova a tua fé e medita na Vítima que se imola por ti à
Divina Justiça. Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de
dor e de amor a Jesus, Crucificado por tua salvação. A Virgem
Dolorosa te acompanhará e será tua doce inspiração.
Padre,
que é sua Missa?
Uma
união sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é
única no mundo. (Dizia-o
chorando.)
Que
devo descobrir na sua Santa Missa?
Todo
o Calvário.
Padre,
diga-me tudo o que o senhor sofre durante a Santa Missa.
Sofro
tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão, embora sem proporção, só
enquanto pode fazê-lo uma criatura humana. E isto, apesar de cada
uma de minhas faltas e só por sua bondade.
Padre,
durante o Sacrifício divino o senhor carrega os nossos pecados?
Não
posso deixar de fazê-lo, já que é uma parte do Santo Sacrifício.
O
senhor considera a si mesmo um pecador?
Não
o sei, mas temo que assim seja.
Eu
já vi o senhor tremer ao subir aos degraus do altar. Por quê? Pelo
que tem de sofrer?
Não
pelo que tenho de sofrer, mas pelo que tenho de oferecer.
Em
que momento da Missa o senhor sofre mais?
Na
Consagração e na Comunhão.
Padre,
esta manhã na Missa, ao ler a história de Esaú, que vendeu os
direitos de sua primogenitura, seus olhos se encheram de lágrimas.
Parece-te
pouco desprezar o dom de Deus!?
Por
que, ao ler o Evangelho, o senhor chorou quando leu estas palavras:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue...”
Chora
comigo de ternura!
Padre,
por que o senhor chora quase sempre que lê o Evangelho na Missa?
A
nós nos parece que não tem importância que um Deus fale às suas
criaturas e elas O contradigam e continuamente O ofendam com sua
ingratidão e incredulidade.
Sua
Missa, Padre, é um sacrifício cruento?
Herege!
Perdão,
Padre, quis dizer que na Missa o Sacrifício de Jesus não é
cruento, mas a sua participação em toda a Paixão o é. Engano-me?
Não,
nisso não te enganas. Creio que tens toda a razão.
Quem
lhe limpa o sangue durante a Missa?
Ninguém.
Padre,
por que o senhor chora no Ofertório?
Queres
saber o segredo? Pois bem: porque é o momento em que a alma se
separa das coisas profanas.
Durante
sua Missa, Padre, o povo faz um pouco de barulho...
Se
estivesses no Calvário, não ouvirias gritos, blasfêmias, ruídos,
e ameaças? Havia um alvoroço enorme.
Não
o distraem os ruídos?
Em
nada.
Padre,
por que sofre tanto na Consagração?
Não
sejas maldoso... (Não quero que me perguntes isso...)
Padre,
diga-me: por que sofre tanto na Consagração?
Porque
nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição
e criação.
Padre,
por que chora no altar, e que significam as palavras que pronuncia na
Elevação? Pergunto por curiosidade, mas também porque quero
repeti-las com o senhor.
Os
segredos do Rei Supremo não podem revelar-se nem profanar-se.
Pergunta-mes por que choro, mas eu não queria derramar essas pobres
lagrimazinhas, mas torrentes de lágrimas. Não meditas neste
grandioso mistério?
Padre,
o senhor sofre, durante a Missa, a amargura do fel?
Sim,
muito freqüentemente...
Padre,
como pode estar-se de pé no Altar?
Como
estava Jesus na Cruz.
No
altar, o senhor está pregado na Cruz, como Jesus no Calvário?
E
ainda me perguntas?
Como
se acha o senhor?
Como
Jesus no Calvário.
Padre,
os carrascos deitaram a Cruz no chão para pregar os cravos em Jesus?
Evidentemente.
Ao
senhor também lhos pregam?
E
de que maneira!
Também
deitam a Cruz para o senhor?
Sim,
mas não devemos ter medo.
Padre,
durante a Missa o senhor pronuncia as Sete Palavras que Jesus disse
na Cruz?
Sim,
indignamente, mas também as pronuncio.
E
a quem diz: “Mulher, eis aí teu filho”?
Digo
para Ela: “Eis aqui os filhos de Teu Filho”.
O
senhor sofre a sede e o abandono de Jesus?
Sim.
Em
que momento?
Depois
da Consagração.
Até
que momento?
Costuma
ser até a Comunhão.
O
senhor diz que tem vergonha de dizer: “Procurei quem me consolasse
e não achei”. Por quê?
Porque
nossos sofrimentos de verdadeiros culpados não são nada em
comparação com os de Jesus.
Diante
de quem sente vergonha?
Diante
de Deus e da minha consciência.
Os
Anjos do Senhor o reconfortam no Altar em que o senhor se imola?
Pois...
não o sinto.
Se
não lhe vem o consolo até à alma durante o Santo Sacrifício, e o
senhor sofre, como Jesus, o abandono total, nossa presença não
serve para nada.
A
utilidade é para vós. Por acaso foi inútil a presença da Virgem
Dolorosa, de São João e das piedosas mulheres aos pés de Jesus
agonizante?
Que
é a Sagrada Comunhão?
É
toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a
Jesus que se deixe sentir sensivelmente.
Quando
Jesus vem, visita somente a alma?
O
ser inteiro.
Que
faz Jesus na Comunhão?
Deleita-se
na sua criatura.
Quando
se une a Jesus na Santa Comunhão, que quer peçamos a Deus pelo
senhor?
Que
eu seja outro Jesus, todo Jesus e sempre Jesus.
O
senhor sofre também na Comunhão?
É
o ponto culminante.
Depois
da Comunhão, continuam seus sofrimentos?
Sim,
mas não sofrimentos de amor.
A
quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?
À
sua Mãe.
E
o senhor para quem olha?
Para
meus irmãos de exílio.
O
senhor morre na Santa Missa?
Misticamente,
na Sagrada Comunhão.
É
por excesso de amor ou de dor?
Por
ambas as coisas, porém mais por amor.
Se
o senhor morre na Comunhão, continua a ficar no Altar? Por quê?
Jesus
morto permanecia pendente da Cruz no Calvário.
Padre,
o senhor disse que a vítima morre na Comunhão. Colocam o senhor nos
braços de Nossa Senhora?
Nos
de São Francisco.
Padre,
Jesus desprega os braços da Cruz para descansar no Senhor?
Sou
eu quem descansa n’Ele!
Quanto
ama a Jesus?
Meu
desejo é infinito, mas a verdade é que, infelizmente, tenho de
dizer nada
e me causa
pena.
Padre,
por que o senhor chora ao pronunciar a última palavra do Evangelho
de São João: “E vimos sua glória como do Unigênito Pai, cheio
de graça e de verdade”?
Parece-te
pouco? Se os Apóstolos, com seus olhos de carne, viram essa glória,
como será a que veremos no Filho de Deus, em Jesus, quando se
manifestar no céu?
Que
união teremos então com Jesus?
A
Eucaristia nos dá uma idéia.
A
Santíssima Virgem assiste à sua Missa?
Julgas
que a Mãe não se interessa por seu Filho?
E
os Anjos?
Em
multidões.
Padre,
quem está mais perto do Altar?
Todo
o Paraíso.
O
senhor gostaria de celebrar mais de uma Missa por dia?
Se
eu pudesse, não quereria descer do Altar.
Disseram-me
que traz com o senhor o seu próprio Altar...
Sim,
porque se realizam estas palavras do Apóstolo: “Eu trago no meu
corpo os estigmas de Jesus”. “Estou cravado com Cristo na Cruz.”
“Castigo o meu corpo, e o reduzo à escravidão...”
Nesse
caso, não me engano quando digo que estou vendo Jesus Crucificado!
(Nenhuma
resposta)
Padre,
o senhor se lembra de mim na Santa Missa?
Durante
toda a Missa, desde o princípio até o fim, lembro-me de ti.
A
Missa do Padre Pio, em seus primeiros anos, durava mais de duas
horas. Sempre foi um êxtase de amor e de dor. Seu rosto estava
inteiramente concentrado em Deus e cheio de lágrimas. Um dia, ao
confessar-me, perguntei-lhe sobre este grande mistério:
Padre,
quero fazer-lhe uma pergunta.
Dize-me,
filho.
Padre,
queria perguntar-lhe que é a Missa?
Por
que me perguntas isto?
Para
ouvi-la melhor, Padre.
Filho,
posso dizer-te que é a minha Missa.
Pois
é isso o que quero saber, Padre.
Meu
filho, estamos na Cruz, e a Missa é uma contínua agonia.
(
Tirada de Tradition Catolica, nº 141, nov. 98 citando "Assim
Falou o Padre Pio" (S. Giovanni Rotondo, Foggia, Itália, 1974)
com o Imprimatur de D. Fanton, Bispo Auxiliar de Vicenza ).
Fonte:www.derradeirasgracas.com
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